terça-feira, 28 de maio de 2013

Dispersão das Plantas

Importância da dispersão das sementes

É sabido que as plantas não têm locomoção própria. No entanto é fundamental que as jovens plantas se afastem entre si e da planta adulta que lhes deu origem, caso contrário ficariam todas em cima umas das outras. Se isto acontecesse não teriam condições para crescer saudáveis pois teriam que competir entre si pela luz, pela água e pelos minerais do solo.

A solução para este problema está na dispersão das suas sementes. Embora utilizando diferentes processos, as plantas conseguem espalhar as suas sementes por vezes por áreas muito distantes. Como é que o conseguem fazer?

Vejamos...

1) Sementes disseminadas pelos animais.

São muitas as espécies de plantas que produzem frutos comestíveis. Muitas vezes estes apresentam cores vivas, perfumes atraentes e sabor agradável despertando a atenção e o interesse de muitos animais, o seu aspeto é um verdadeiro convite a serem comidos!



Uma vez ingeridos pelos animais, os frutos são digeridos mas as sementes resistem à ação dos sucos digestivos. Mais tarde os animais libertam as sementes juntamente com as fezes. Sem se aperceberem, os animais contribuem, assim, para a dispersão das sementes.


Há também sementes e frutos com "ganchos" ou "espinhos" que se prendem no pelo dos animais ou na roupa sendo assim transportados para longe da planta que os originou.


Cão com sementes de bardana presas no pelo.




2) Sementes dispersas pelo vento.


Sementes do dente-de-leão disseminadas pelo vento.
O vento também contribui enormemente para a dispersão de sementes. Neste caso as sementes são leves e possuem muitas vezes estruturas que as ajudam a planar, como no caso das plúmulas do dente-de-leão ou das asas membranosas do pinheiro-bravo e do ácer.


3) Sementes dispersas pela água.

Há certos frutos que estão adaptados à dispersão pela água. São impermeáveis e têm a capacidade de flutuar. Um dos exemplos mais conhecidos é o coco.


O coco é um fruto adaptado à dispersão pela água. 

Há muitas aves que incluem frutos na sua dieta alimentar.

Polinização Nas Flores

Polinização


Anteras com grãos de pólen.

Como sabes, é nas flores das plantas que se encontram os seus órgãos reprodutores. Para se originarem novas plantas é necessário que ocorra uma série de acontecimentos, o primeiro dos quais é a polinização: passagem dos grãos de pólen, formados nas anteras dos estames (órgãos reprodutores masculinos), para os estigmas dos carpelos (órgãos reprodutores femininos).







Há vários tipos de polinização. Observa a imagem:
Tipos de polinização.
1) Autopolinização: os grãos de pólen são transferidos dos estames para os carpelos da mesma flor (situação A) ou para carpelos de diferentes flores da mesma planta (situação B). 


2) Polinização cruzada (C): os grãos de pólen são transferidos dos estames de uma flor para os carpelos de outra flor de outra planta da mesma espécie.

A polinização cruzada é a que ocorre mais frequentemente na natureza e é mais vantajosa para as espécies porque origina jovens plantas mais vigorosas, dado que estas resultam da recombinação de  "projetos de construção" de duas plantas diferentes (embora da mesma espécie). Em certas espécies a autopolinização é evitada pelo facto de os estames e os carpelos de uma mesma flor amadurecerem em momentos desfasados no tempo.




Como se realiza a transferência do pólen desde as anteras dos estames até aos estigmas dos carpelos?

Esta transferência é assegurada pelos agentes polinizadores.
No continente europeu os principais agentes polinizadores são insetos (abelhas, borboletas, certas espécies de escaravelhos e outros), o vento e a gravidade (nas situações em que as anteras se situam acima dos estigmas de uma mesma flor). Noutras regiões do planeta existem também espécies de aves (como os colibris) e de morcegos que contribuem para a polinização.

Os animais que visitam as flores para se alimentarem de pólen e néctar (líquido adocicado) transportam inadvertidamente os grãos de pólen no seu corpo de flor em flor. Trata-se de um trabalho de equipa em que plantas e animais saem beneficiados! Este processo é facilitado por muitas espécies de plantas: ao desenvolverem flores de cores vistosas e fortes aromas elas são mais facilmente detetadas pelos animais que as visitam.

Para terminar, como não podia deixar de acontecer, deixo-te um belíssimo vídeo que ilustra na perfeição estes momentos. Magnífica, esta natureza!

Polinização de flores em alta definição

Reprodução nas Plantas (Introdução)

 

Tantos as plantas com flor como as plantas sem flor (musgos e fetos) podem reproduzir-se de forma assexuada e sexuada. Na reprodução assexuada formam-se novas plantas a partir de por exemplo rizomas, bolbos, tubérculos ou estolhos.


              O morangueiro desenvolve estolhos que dão origem a novas plantas (reprodução assexuada).





A reprodução sexuada envolve a existência de órgãos reprodutores. Estes localizam-se nas flores.
Os órgãos reprodutores masculinos chamam-se estames. Cada estame é constituído um filete e uma antera.   Ao conjunto dos estames de uma flor chamamos androceu.
Os órgãos reprodutores femininos chamam-se carpelos. Cada carpelo é constituído por ovário, estilete e estigma. O conjunto dos carpelos de uma flor chama-se gineceu.

Representação esquemática de uma flor.

Fecundação -Tubo Polínico- observação ao Microscópio

Podes também ver, neste vídeo feito ao microscópio, a formação de tubos polínicos a partir de grãos de pólen.

Reprodução em Flor


Ao chegar ao ovário, o tubo polínico penetra o óvulo e liberta no seu interior os gâmetas masculinos. Como consequência, vão acontecer duas diferentes fecundações:
1) Um dos gâmetas masculinos une-se ao gâmeta feminino, contido no óvulo, originando um ovo (zigoto). Esta célula, por divisão, vai dar origem a um embrião de uma nova planta.
2) O outro gâmeta masculino vai fecundar uma outra célula do óvulo dando origem à célula-mãe das substâncias de reserva. Esta, por divisão, é responsável pela formação das substâncias de reserva contidas na semente.

Cada óvulo, após esta dupla fecundação, vai dar origem a uma semente. É isto que poderás observar nesta pequena mas excelente animação

Fecundação das Plantas

Fecundação

Os grãos de pólen que são transferidos dos estames para os carpelos aderem aos seus estigmas pelo facto de neles existir um líquido pegajoso, rico em açúcares. Este líquido promove nos grãos de pólen a formação de um tubo, tubo polínico, que transporta dois gâmetas masculinos. O tubo polínico vai descendo através do estilete em direção a um óvulo no ovário. Observa a imagem:
Formação do tubo polínico

Desenvolvimento do Fruto


Frutificação

Frutificação significa formação do fruto. Na lição anterior verificaste que as sementes contidas nos frutos resultam da união de duas células formadas no grão de pólen (gâmetas masculinos) com duas células contidas no óvulo (um gâmeta feminino e uma outra célula do óvulo).

Depois de formadas, as sementes apresentam a seguinte constituição:

1) Embrião - forma-se a partir do ovo (zigoto) e vai dar origem à nova planta;

2) Um ou dois cotilédones  - contêm as substâncias alimentares de reserva e formam-se a partir da célula-mãe das substâncias de reserva;

3) Tegumento - revestimento externo que tem funções de proteção.

Semente aberta ao meio mostrando o seu conteúdo.
Ao mesmo tempo que ocorre a formação das sementes, a parede do ovário dos carpelos engrossa e transforma-se no pericarpo do fruto. Durante este processo as pétalas, as sépalas e os estames normalmente murcham e caiem.



Constituição de um fruto.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Ver Provas de Aferição de Matemática em Material de Estudo Acompanhado

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Saudades!!!

Ora vivam! Mesmo estando já fora da escola (reformado) faço questão de acompanhar os vossos progressos. Não deixei de dinamizar o blog. saudades para todos(as) António Serra

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013